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Projeto de instalações hidráulicas e sanitárias

Elyzia Rodrigues | 19.9.17 | | | | | |
Quando olhamos uma foto de algum edifício ou determinado ambiente nas páginas de uma revista, na internet, ou até mesmo pessoalmente, muitas vezes não nos damos conta que por trás das fachadas envidraçadas, da bela tapeçaria, do mobiliário, dos quadros, esculturas e obras de arte que compõem a decoração, existe toda uma parafernália, na maioria das vezes escondidas dentro de paredes e tetos, que garante o perfeito funcionamento daquela edificação dando suporte às atividades que são exercidas pelos usuários.

Foto: Casa & Jardim

A este conjunto de coisas damos o nome de “sistemas prediais” ou “instalações prediais”.

Entre os sistemas prediais mais comuns estão os destinados a instalações hidráulicas e sanitárias e instalações elétricas. Dificilmente você irá encontrar uma obra que não tenha pelo menos um destes sistemas.

Dependendo do tipo e do uso de determinada edificação estes sistemas podem se tornar mais complexos e incluir outras instalações, como por exemplo, instalações de ar condicionado, automação predial, combate á incêndio, instalações de gás, segurança patrimonial, sistemas de proteção contra descargas atmosféricas e outros.

Foto: A&History
Centro Georges Pompidou - Paris - França - 1977
Arquitetura: Renzo Piano e Richar Rogers

Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre um conjunto de sistemas que são vitais para qualquer edificação: instalações hidráulicas e sanitárias. Estes sistemas englobam as instalações de água fria, água quente, esgoto sanitário e esgoto pluvial.

As instalações hidráulicas e sanitárias são partes indissociáveis de um sistema que tem a função de receber/captar água potável, armazenar, distribuir até os pontos de consumo e drenar esta água após o uso, direcionando o efluente para a rede pública de coleta de esgoto ou sistema séptico (fossa séptica ou estações de tratamento) nos locais não servidos por uma rede de esgoto.

O sistema de drenagem pluvial tem como função captar a água de chuva que se precipita sobre a edificação (coberturas e pisos) conduzindo-a para a rede pública de coleta.


 Foto: Techné

Atualmente a captação de águas pluviais tem adquirido crescente importância nos sistemas de distribuição de água como forma de reduzir o consumo de água potável através do reaproveitamento da água das chuvas para uso em descarga de vasos sanitários e mictórios, lavagem de pisos, lavagem de veículos, reserva de incêndio, rega de jardins e outras atividades que não exigem um alto grau de potabilidade da água.

Nestes casos o sistema de distribuição de água passa a contar com duas redes distintas: uma para distribuição de água potável e outra para distribuição de água de reuso.

As normas brasileiras estabelecem que os sistemas de esgoto sanitário e de drenagem pluvial sejam separados, ou seja, é necessária uma rede exclusiva para cada um. Este modelo é conhecido como “separador absoluto” e tem como principal objetivo reduzir os custos no transporte e destinação final dos rejeitos.

Foto: Ecologic Construções

Este tipo de solução favorece o reaproveitamento das águas de chuvas, uma vez que não é necessário efetuar um tratamento desta água antes de seu reaproveitamento, apenas um processo de filtração simplificado para separar as sujeiras que geralmente são carreadas pelo efluente.

Estes três sistemas são feitos basicamente pela intersecção de tubos, conexões, caixas de passagem, caixas de inspeção e reservatórios (não só para a água, mas às vezes também para o esgoto), que fazem o transporte/retenção dos fluidos, (água potável ou rejeitos), de acordo com a necessidade de cada obra.

Em alguns casos pode haver a necessidade de instalação de estações elevatórias para bombeamento da água ou rejeito para posições elevadas. É o caso de construções altas, onde a água deve ser conduzida até o reservatório superior ou em edificações onde existam instalações sanitárias abaixo do nível da rua.



O tipo de material utilizado nestas instalações varia de acordo com a destinação, tipo e temperatura do fluido conduzido, pressão de serviço, nível de agressividade do ambiente, nível de proteção das instalações entre outros. O PVC (Cloreto de Polivinila) é o material mais usado devido à sua leveza e facilidade de execução.

Outros materiais bastante usados em instalações hidráulicas e sanitárias são:

PPR (Polipropileno Copolímero Random) – Água fria e água quente.
PVC (Policloreto de Vinila Clorado) – Água quente.
PEX (Polietileno Reticulado) – Água fria e água quente.
Cobre – Água quente.
Aço galvanizado – Água fria e água quente.



O perfeito funcionamento de um sistema predial começa ainda na fase de projeto. Por isso é importante a contratação de um profissional para projetar uma instalação. É ele quem vai definir o material mais adequado e as dimensões das tubulações e demais equipamentos e componentes com base nas características e no tipo da edificação.

Tão importante quanto um bom projeto é a utilização de material de boa qualidade e uma execução feita por mão de obra qualificada.

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui normas específicas para cada tipo de sistema predial. Estas normas estabelecem as práticas que deverão ser adotadas na fabricação dos materiais comumente utilizados, na execução da instalação e no projeto.

Foto: Pinterest

Estas três premissas - bom projeto, boa execução e materiais de qualidade – garantem a qualidade final de uma instalação predial, evitando ou minimizando o surgimento de patologias (vazamentos, entupimentos, pressão insuficiente, etc.) na fase de pós ocupação.

Convencidos da importância do projeto de instalações da sua casa?


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Postagem escrita por Dalmir Magalhães | Arquitetura e Instalações Prediais
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