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Sistema de Aquecimento de água - Parte I

Elyzia Rodrigues | 20.6.18 | | | | | 6 Comentários
Quando decidimos construir ou reformar a casa onde moramos sempre surge necessidade de buscar estratégias de economia e sustentabilidade e o sistema de aquecimento de água é uma dessas importantes estratégias. 


 Foto: Condomínios Verdes
Arquiteta: BAM!Arquitetura - Buenos Aires - Argentina - 2016

Nesse cenário fica a pergunta: Qual é o melhor sistema de aquecimento de água? Qual tem o melhor custo-benefício á longo prazo? 

Primeiramente, observe que vamos fazer essa análise entre os sistemas elétrico, á gás, solar.

Foto: Eletroenergia

Não existe um sistema de aquecimento de água que seja melhor ou pior em relação ao outro, mas existem vários pontos que devem ser observados antes de se fazer a escolha definitiva. A resposta inicial sempre será: “Depende...”.

É importante analisar vários fatores, ponderar entre os valores para finalmente decidir pelo mais conveniente, porém nem assim a resposta poderá ser definida como a melhor opção.
São três os tipos de sistema de aquecimento de água encontrados no mercado. 

Sistema de aquecimento localizado

O chuveiro elétrico é o exemplo mais conhecido de sistema de aquecimento localizado. A água quente é fornecida diretamente na mesma unidade onde será aquecida. O aquecedor que se coloca embaixo da pia de cozinha para alimentar a torneira também. 

Foto: Lorenzetti

Ainda hoje se utilizava chuveiros à gás, onde a chama aquece a água da mesma forma, porém ele só existe mesmo em algumas cidades onde a energia elétrica é muito cara ou inexistente. 

 Foto: Pensamento Verde

Sistema de aquecimento de passagem

Os aquecedores de passagem são também chamados de aquecedores rápidos. Podem ser elétricos ou a gás. Os elétricos ficam localizados dentro dos banheiros ou cozinhas e têm potência suficiente para alimentar chuveiro, torneira de pia e até a torneira da cozinha.

Foto: Idealterm

Nesse caso, o consumo de energia elétrica é alto, maior do que um chuveiro elétrico comum que conhecemos, além disso, precisa de uma instalação elétrica dimensionada corretamente. 

Existem também os aquecedores de passagem à gás, aqueles instalados no interior dos banheiros, mas por medidas de segurança foram proibidos para evitar acidentes decorrentes de vazamentos de gás.
 
 Foto: Lorenzetti
 
O funcionamento hidráulico é igual aos aquecedores centrais elétricos, ou seja, existe uma tubulação de água quente que distribui a água quente a partir do aquecedor até cada ponto de consumo. 

Sistema de aquecimento de acumulação
 
 Foto: Leroy Merlin

Os aquecedores de acumulação podem ser elétricos, a gás ou solares. Este sistema exige um tanque isolado termicamente que mantém a água a uma determinada temperatura, de onde é direcionada aos pontos de consumo. É importante lembrar que os aquecedores solares contêm também um aquecedor elétrico para os dias em que a captação de energia solar é insuficiente. 

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A importância da limpeza pós-obra

Elyzia Rodrigues | 29.5.18 | | | | | 2 Comentários
Ah... Enfim a reforma da casa foi finalizada! Pedreiros de revestimentos, gesseiros, eletricistas, serralheiros, marceneiros e instaladores já juntaram seus equipamentos e deram adeus!

 Foto: Jonhline Limpeza

Espere, todo tipo de objeto, o pó de gesso, poeira, resto de rejunte seco, manchas de cola e adesivos ainda reinam em todos os cantos.

Isso quer dizer que ainda há uma etapa a ser finalizada até que você realmente possa ocupar plenamente a sua casa nova. Essa etapa é a limpeza pós-obra.

Quando fechar o seu contrato de serviços com o arquiteto de sua confiança verifique se esta etapa está incluída ou quanto irá gastar com essa etapa. Não esqueça que quanto mais itens forem lembrados antes de abrir a carteira mais controle terá sobre o valor a ser investido.
 Foto: Acquax

Se você é arquiteto e não inclui na sua proposta a limpeza pós-obra você precisa pelo menos orientar o seu cliente sobre como limpar toda a sujeira gerada, pois pano úmido, água e sabão neutro não serão suficientes.

O serviço de limpeza pós-obra consiste em fazer a limpeza pesada, coletando objetos como pregos, parafusos, embalagens, caixas de papelão, restos de fios e outros materiais e em seguida removendo sujeiras difíceis, que deve ser feita com refinamento para não causar danos as superfícies. 

Este tipo de serviço ajuda a identificar pequenas falhas na obra e arrumá-las. Diferente de uma limpeza comum do dia a dia, o ideal é que a limpeza pós-obra seja feita por profissionais capacitados pois demanda o uso de equipamentos apropriados.

É fundamental ao profissional contratado observar que a limpeza depois da obra finalizada deve ser feita com produtos adequados, pois qualquer produto errado utilizado pode causar danos nas instalações do espaço e gerar gastos extras para a recuperação.

Ao contrário do que se pensa cada superfície exige um tipo de limpeza diferente e o uso de certos produtos pode trazer danos irreversíveis para sua casa.

Para acertar na escolha do produto é preciso considerar o tipo de sujeira que se pretende limpar e o tipo da superfície entrará em contato com esse produto, ou seja, o produto tem que remover o resíduo sem danificar a superfície na qual ele se encontra agarrado.
 Foto: O Azulejista

Os produtos para limpeza podem ser neutro, alcalino ou ácido.

Os resíduos de cola, cera, graxa, vaselina, manchas de gordura e tintas acrílicas possuem composição orgânica, para que sejam removidos o ideal é usar produtos alcalinos, pois eles conseguem dissolver facilmente esse tipo de sujeira.

São produtos alcalinos: detergentes concentrados, desincrustrantes, desengordurantes, limpador de rejunte e os detergentes chamados de pós-obra.
 Foto: Pinterest

Para resíduos de areia, terra, gesso, rejunte e cimento é recomendado produtos de base ácida. O profissional observa a superfície antes de utilizar esse tipo de produto, pois a base ácida tem muitas restrições de uso e pode danificar superfícies com mais facilidade.

O pó de gesso e a poeira podem facilmente serem removidos com produtos neutros, assim como a limpeza diária para manutenção.

Os produtos neutros são bastante confiáveis para realizar limpezas sem causar danos às superfícies que estão sendo limpas, porém não são capazes de remover todo tipo de sujeira.

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Construção com blocos de concreto

Elyzia Rodrigues | 3.4.18 | | | | | Seja o 1º a comentar!!
Muitas vezes falamos aqui da importância de se contratar um arquiteto ou arquiteta para a construção da sua casa, a razão dessa insistência é que as variedades de soluções construtivas existentes no mercado vão exigir uma avaliação técnica mais refinada.

Foto: Archdaily
Arquitetura: Terra e Tuma Arquitetos - Casa Mipibu
Nelson Kohn

Uma avaliação que saiba pesar as vantagens e desvantagens de cada solução e a que melhor se adequa a sua capacidade de investimento, a seu gosto estético entre outros aspectos.

O bloco de concreto é um material pré-fabricado utilizado, sobretudo, para a construção de paredes e muros. Como os tijolos cerâmicos comuns, os blocos funcionam em conjunto quando empilhados e quando unidos com argamassa. Para realizar esta união, os blocos têm um interior oco que permite a passagem de barras de aço e enchimento de argamassa.

Foto: Mapa da Obra

Há uma grande variedade de dimensões e texturas, desde as superfícies lisas mais tradicionais até os acabamentos ondulados ou rugosos. Existem unidades especiais para cantos ou blocos próprios para receberem armaduras longitudinais.

Suas dimensões variam entre 19x19x39cm, para uso estrutural e outras versões mais finas para partições, com dimensões próximas aproximadamente 19x9x39cm.

Mas como incorporá-los de forma criativa em nossos projetos?


Foto: Archdaily
Arquitetura: Terra e Tuma Arquitetos - Casa Mipibu
Nelson Kohn

Embora os primeiros blocos - massificados no início de 1900 - fossem fabricados à mão, hoje em dia é um material produzido de forma automatizada, gerando milhares de blocos por hora.
Foto: Construção Mercado

Por não exigir queima cada unidade pode ser fabricada no local por pedreiros não qualificados, proporcionando uma vantagem que pode ser efetiva em certos casos.

Em relação ao seu comportamento térmico, uma parede de bloco pode funcionar corretamente se as medidas adequadas forem tomadas. Por exemplo, é essencial garantir a colocação correta da argamassa em todas as juntas para evitar pontes térmicas.
Foto: Archdaily
Arquitetura: Terra e Tuma Arquitetos Associados - Casa Studio Lapa
Pedro Kok

Além disso, é possível incorporar isolantes como o EPS, ou a lã de vidro e o polietileno como barreira de vapor no interior dos blocos, e adicionar uma camada isolante, como um reboco exterior.

Em termos gerais, a sua fabricação consiste em 4 processos:

Mistura: após a pesagem as quantidades apropriadas de areia, brita e cimento seco são incorporadas para serem mescladas automaticamente, adicionando água no final do processo.

Moldagem: em uma máquina especializada, a mistura é compactada em moldes que definem a forma e o tamanho de suas cavidades interiores e sua textura exterior. Este processo é geralmente auxiliado por vibrações mecânicas.

Cura: os blocos são inseridos em fornos a vapor (baixa ou alta pressão) para endurecer.

Empilhamento: os blocos secos são empilhados em cubos para serem armazenados. 



 O concreto comumente usado para fazer este tipo de blocos é uma mistura de cimento Portland com água, areia e brita que produz um bloco cinza claro com uma textura de superfície fina e alta resistência à compressão.

Assim, os blocos têm uma boa capacidade mecânica, incombustibilidade e isolamento acústico.

O bloco de concreto básico foi alterado para fornecer soluções mais completas, como a impermeabilização. Alguns produtos atuais incluem aditivos adicionados à sua mistura, aumentando a tensão superficial do bloco e dificultando a passagem da água. Há também blocos de concreto com diferentes tipos de bordas, para repelir a água da sua superfície. 

Foto: Archdaily
Arquitetura: Agustín Lozada - Casas Catalinas
Gonzalo Viramonte
 
Apesar de ser um material amplamente utilizado no mundo, suas possibilidades de projetos têm sido pouco exploradas. Os blocos de concreto são constantemente associados à autoconstrução e a habitações de baixo custo, situações que oferecem poucos espaços para explorar além do funcional.

Através de um trabalho impecável, a obra de alguns arquitetos, como Terra e Tuma, Natura Futura, Agustín Lozada ou Takao Shiotsuka Atelier, nos encoraja a pensar em novas formas de usar esse material.

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Quero morar numa casa container!

Elyzia Rodrigues | 13.3.18 | | | | | | Seja o 1º a comentar!!
Você comprou seu terreno e já está ansioso para ver a sua casa pronta! Quer economizar o máximo que conseguir e ainda faz questão que seja um sistema de construção sustentável.

Soube que uma casa container pode ser tudo o que precisa, pois seu custo de construção é menor, é mais rápida, e ainda sustentável.

Calma, é preciso ter clareza de alguns aspectos antes de decidir!

 Foto: Casa Vogue
Arquitetura: Danilo Corbas - 2006

Então vamos ajudá-lo com algumas informações antes de tomar a sua bater o martelo.

Antes de começar, é importante deixar em claro que a construção da casa container não dispensa a contratação de um arquiteto, pois é ele que será capaz de orientá-lo adequadamente, pois existem diversas técnicas e aspectos específicos que devem ser compatibilizados para se construir uma casa ou qualquer outra estrutura com qualidade e principalmente, de forma sustentável.

O container é um recipiente metálico de grandes dimensões originalmente utilizado para transporte de diferentes tipos de cargas em trens e navios do mundo inteiro.  Depois de inutilizado pelos portos para essa função ele pode ser utilizado como unidade habitacional.
 Foto: Revista Veja

O Container Dry Standard é o container mais usado no mundo, ele é totalmente fechado tendo apenas as portas padrões no fundo. Os produtos que geralmente são transportados nele são alimentos, roupas e móveis. É o mais utilizado na modificação de container para casas, escritórios, lojas e demais construções temporárias.

Pode ter duas dimensões diferentes: 20 pés - Comprimento: 6,058m; Largura: 2,438m; Altura: 2,591m; Peso: 2.220kg. 40 pés - Comprimento: 12,035m; Largura: 2,350m; Altura: 2,690m; Peso: 3.700kg.

Há ainda outros tipos de container como o Container High muito parecido com o Container Dry Standard, porém conta com 1,0pé a mais em sua altura, comportando mais carga e o Container Refrigerado bem parecido com os anteriores, porém seu piso é de madeira e grade de alumínio. As portas são reforçadas com aço e o revestimento interno em aço inoxidável.


 Foto: Homify

Container enferrujado não é um problema. Geralmente uma boa lixada e o tratamento com tinta/impermeabilizante que cesse a continuidade da ferrugem são suficientes para manter o container utilizável por muitos e muitos anos.
Você precisa saber se o seu terreno tem medidas que comportem um container em sua superfície. Para isso some as medidas do container com as distâncias mínimas dos afastamentos das divisas laterais, frente e fundos que são definidas em legislação específica do local.

 Foto:Rentcon Locações

Se seu terreno é muito acidentado, os custos da construção podem aumentar consideravelmente em comparação a um terreno plano.

A localização do terreno é importante, pois o container vai chegar ao terreno inteiro, ele será transportado até o local em um caminhão e depois colocado em seu terreno por um guindaste ou munk. Sendo assim, seu terreno precisa ter fácil acesso tanto ao caminhão quanto ao guindaste. É importante também que eles possam manobrar. O terreno precisa de uma área minimamente plana para esses equipamentos estacionarem.

 Foto: Container LAB

Se seu terreno já se encontra murado ou já existem outras construções avalie se é possível a entrada do caminhão e demais veículos necessários para o descarregamento do container. A largura e a altura do muro possibilitam o acesso?

Outro ponto importante, se em frente ao seu terreno houver poste de iluminação pública é preciso verificar se a sua altura não impede o acesso do caminhão e do guindaste. Pode ser necessário solicitar à companhia elétrica o desligamento temporário da rede e a retirada dos fios.

Esse processo vai envolver custos, além de um planejamento de prazo com a companhia elétrica e a empresa de transporte dos containers, para que a energia seja cortada pelo mínimo de tempo possível.


 Foto: Arquitetura&Construção

Há empresas, que vendem containers e também os transformam em casas elaborando o projeto arquitetônico, uma ótima opção para quem não encontrar um arquiteto com essa expertize em sua região.

Cada município terá procedimento próprio para aprovação da casa container, alguns mais rápidos e simples, outros mais lentos e burocráticos. Importante se informar na sua cidade para saber como proceder. Se seu terreno está localizado em condomínio verifique se a convenção faz alguma exigência quanto ao padrão estético.

Embora seja uma casa container ela é considerada uma edificação como qualquer outra e precisará de registro imobiliário, pagar IPTU e todas as respectivas taxas do município como conta de água, esgoto e energia elétrica.

 Foto: Casa Vogue
Arquitetura: Danilo Corbas - 2006


Não existe financiamento específico para esse tipo de construção e os comuns existentes para habitação não podem ser usados. Além disso, não é comum as empresas que vendem containers realizarem o parcelamento dos valores. Dessa forma, você precisa ter um bom planejamento para a construção da sua casa container.

O custo para adquirir sua casa container vai depender de uma série de fatores, como o local da compra, a qualidade do container, o tipo escolhido e o quanto de aberturas para as esquadrias serão feitos.

Segue o link com uma lista de empresas fornecidas pelo site Minha Casa Container. 
Veja a lista aqui


Foto: Six Oaks

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Se busca alternativas construtivas, essas postagens podem ser interessantes para você:
O que é Light Steel Frame?
Wood Frame - Alternativa de construção
Casa de plástico-Impacto ambiental, social e econômico

Fonte:
Container SA
Minha Casa Container
Container LAB
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Para que serve o levantamento topográfico e sondagem do solo?

Elyzia Rodrigues | 27.2.18 | | | | Seja o 1º a comentar!!
O que acontece normalmente quando vamos comprar um terreno é vermos uma planta do loteamento e a partir dele escolhermos o terreno de nossa preferência, visitá-lo, gostarmos do que vemos e comprá-lo. Nesse momento esse tipo de assunto não é lembrado ou simplesmente não sabemos que ele existe. 

 Foto: Decor e Salteado

Há alguns processos na construção de uma casa que a maioria das pessoas desconhece, porém, nunca é demais entender quais são eles e de que forma contratá-los pode impactar o seu investimento.

É importante lembrar que ter noção desses processos pode fazer com que você planeje de forma mais adequada a construção da sua casa de acordo com a sua realidade financeira.

Nem todas as pessoas entendem do que se trata um projeto de levantamento topográfico ou a sondagem de solo, por exemplo.

Não é claro a importância que esses processos representam para a elaboração de um bom projeto de arquitetura e no custo e qualidade final da construção de uma casa.

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO


O levantamento topográfico é a representação gráfica dos pontos geográficos importantes de um terreno, as medidas das divisas, distâncias e inclinações.

Nesse levantamento também é representada a localização de árvores ou outros elementos existentes no terreno, mostrando através de uma planta ou mapa a descrição da superfície do terreno. São essas informações que permitem um planejamento da construção.

É necessário contratar um topógrafo para executar esse serviço antes de iniciar qualquer tipo de construção, independente da dimensão ou do quanto ela vai ocupar do terreno.


Sem esses dados fica inviável desenvolver qualquer projeto de arquitetura, pois é através desses dados que o arquiteto conseguirá entender como vai elaborá-lo, se haverá necessidade de adaptação da superfície, através de terraplanagem, corte e aterros, remoção ou transposição de árvores.

Pode acontecer de o terreno ter uma documentação com dimensões que não correspondem às dimensões reais in loco. É preciso ficar atento.

SONDAGEM DO SOLO
A sondagem do solo é um procedimento técnico que fornece as características internas do terreno, como a espessura das camadas que o compõe, sua resistência e a provável localização do lençol freático, é como se fosse um raio-x do terreno.
 Foto: Agileste

Para realizar a sondagem do solo é preciso que o levantamento topográfico do terreno já esteja pronto, pois os furos de análise do subsolo tem que estar em pontos específicos dele.

É através desse processo que se define os tipos de fundação possíveis que poderão ser utilizados na elaboração do projeto estrutural. Se o profissional não tiver conhecimento do que está abaixo da superfície do solo, ele corre o risco de projetar a fundação ou a estrutura da sua casa com uma dimensão incorreta, acarretando custos desnecessários se for superdimensionada ou riscos de sérios problemas futuros se for subdimensionada.
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Compatibilização entre projeto de Arquitetura e Projeto de Segurança

Elyzia Rodrigues | 29.8.17 | | | | | Seja o 1º a comentar!!

A medida que o mundo se desenvolve cresce a escala de complexidade para produção de bens e serviços, criando assim muitos locais com potencial cada vez maior de incêndio.



Os shopping centers, complexos de diversão e entretenimento, rede de hospitais, hipermercados, edifícios cada vez mais altos e com grandes áreas estão entre as maiores armadilhas da Segurança contra Incêndio.

O desenvolvimento tecnológico nas áreas de eletrônica, robótica, informática e automação se expandem para todos os tipos de edificação, inclusive residenciais.
Nesse contexto é preciso garantir cada dia mais que construções e procedimentos se tornem mais seguros para minimizar os riscos no uso ou na operação.


Todo projeto de arquitetura, seja ele novo, seja porque tenha sofrido reformas, seja porque tenha seu tipo de uso ou ocupação alterado ou porque tenha tido acréscimo de área, ele deve ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

O Projeto de Segurança Contra  Incêndio e Pânico, também conhecido pela sigla PSCIP pode ser elaborado por arquitetos, engenheiros ou engenheiros de segurança.  Esse projeto é solicitado pelo proprietário da edificação ou pelo responsável pelo uso e em edificações mais complexas exigidas pelos órgãos públicos para que possam estar livres para funcionar.

O projeto de prevenção e combate á incêndio deve ser desenvolvido levando em consideração as diretrizes fornecidas pelas leis, decretos e circulares dadas pelo Corpo de Bombeiros da sua cidade ou região.


As instruções técnicas são as principais normas técnicas que estabelecem as diretrizes detalhadas sobre as medidas de segurança exigidas para cada tipo de edificação, com suas respectivas peculiaridades. Essas diretrizes ganham complexidade á medida que as edificações crescem em razão do uso, da área, da altura e da população.

Das medidas de segurança ditadas pelas instruções técnicas, as saídas de emergência, os extintores, a iluminação de emergência e a sinalização de emergência são as quatro medidas fundamentais em qualquer edificação ou área de risco, independente de seu uso, área, altura ou população.

Tendo conhecimento dessas instruções técnicas somos levados a pensar que não é somente as saídas de emergência que causam impacto no seu projeto de arquitetura.  O controle dos materiais de acabamento, a instalação de hidrantes ou chuveiros automáticos, compartimentação horizontal e vertical, segurança estrutural contra incêndio, acesso de viaturas, são outras medidas que também interferem diretamente no projeto de arquitetura e devem ser pensadas durante a sua elaboração.



Todas elas são diretrizes que precisam ser incorporadas ao programa de projeto da edificação, algumas dessas diretrizes podem apresentar divergências com algumas diretrizes da Lei de Uso e Ocupação do Solo do município. Ou seja, elas podem impactar inclusive nos custos e prazos do empreendimento.
Um edifício é considerado seguro entre outros requisitos funcionais:

Quando dificulta a ocorrência do princípio de incêndio. Esse requisito é conseguido através do controle de materiais de acabamento e revestimento utilizado na edificação e deve ser feito para pisos, paredes e divisórias, forro e cobertura. Esse controle determina o padrão de segurança dos materiais desses elementos arquitetônicos quanto á reação ao fogo.


Quando dificulta a ocorrência da inflamação generalizada do ambiente. Essa edificação deve ser munida de um sistema de detecção de fumaça e alarme, este sistema tem a função de alertar de forma imediata a ocorrência do princípio de incêndio para que ele seja controlado com rapidez.


 Quando possibilita a extinção do fogo no ambiente de origem. A rápida extinção de um foco de incêndio é feita também através de extintores em função da classe de incêndio provável para determinada edificação.



Quando dificulta a propagação para outros ambientes. Para atender a esse requisito de segurança a edificação deve ser projetada com compartimentação vertical e horizontal. O papel da compartimentação é impedir o crescimento do incêndio em um ambiente ou em uma edificação por meio de barreiras resistentes ao fogo, aumentando a segurança nas ações de abandono do prédio pelos ocupantes e facilitando o combate ao incêndio.

Quando dificulta a propagação para edifícios adjacentes.  Com o intuito de impedir que o incêndio de uma edificação se propague para edificações vizinhas são necessárias além das medidas urbanísticas de afastamento estabelecidas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, medidas arquitetônicas e projeto estrutural adequado á Segurança contra Incêndio.

 
Quando permite a evacuação segura dos usuários do edifício. A saída de emergência é a mais importante medida de segurança contra incêndio e é resolvida na elaboração de projeto de arquitetura, sendo o requisito de maior impacto no mesmo. As saídas de emergência compreendem acesso, rota de saídas horizontais, escadas ou rampas, descarga.

Cada edificação deve ter um tipo de escada adequada conforme seu uso, área, altura e população.

Além disso, para permitir saída segura dos usuários, a edificação ainda deve ter medidas de segurança como iluminação de emergência e sinalização de emergência. São essas as medidas que auxiliam os usuários no momento de evacuação da edificação numa situação de emergência. O tipo de iluminação de emergência escolhido vai solicitar que ela seja prevista no projeto elétrico.


Também é considerado seguro a edificação que se mantêm íntegra, sem danos, sem ruínas parciais e/ou totais. Compartimentar a edificação através de elementos verticais ou horizontais, dividindo pavimentos horizontal ou verticalmente além de garantir que o incêndio não se propague ao longo da edificação, também assegura que os prejuízos sofridos em situações de risco sejam minimizados.

Permitir operações de combate ao fogo e resgate ás vítimas. Algumas edificações devem prever condições mínimas de acesso para a segura aproximação das viaturas no momento do combate ao incêndio.

Um elemento importante nos projetos e que muitas vezes fica esquecido ao longo da elaboração do projeto de arquitetura é a instalação da central de gás natural ou GLP, o Corpo de Bombeiros entre outras ações também possui definições sobre sua instalação e prevenção de vazamento de gases.

Com isso podemos concluir que para garantir a produção de uma edificação, as diretrizes de Segurança contra Incêndio devem ser consideradas no estudo preliminar, na concepção do anteprojeto, na elaboração do projeto executivo, na construção, operação e manutenção.

E que se o arquiteto compreender as exigências de normas e regulamentos relacionados á Segurança contra Incêndio será capaz de incorporá-lo ao projeto de arquitetura garantindo mais coerência entre as diretrizes de segurança com os aspectos plásticos, funcionais e econômicos.

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Como escolher um terreno sem erros

Elyzia Rodrigues | 24.1.17 | | | | | | Seja o 1º a comentar!!
Muitas pessoas acreditam que um terreno ou lote para ser bom precisa ser plano... Nada disso! 

Um terreno pode ter inúmeras características e elas podem ser boas ou não. Tudo vai depender do que você espera dele e de que forma o arquiteto que vai elaborar o seu projeto adeque suas necessidades e desejos ao potencial que todo terreno tem. 

Foto: Imagem Francis D'Ávila
Arquitetura: Casa Thiago & Kelly - 2015
Elyzia Rodirgues - Sabará - MG

Há alguns pontos importantes que devem ser avaliados quando adquirir um terreno.

Para comprar um terreno ideal, você pode contratar um arquiteto para ajudá-lo, mas tenha o máximo de clareza o que idealiza, como é o terreno que imagina, como a sua casa nele ficaria nele, como é sua redondeza, quem são seus vizinhos mais próximos, quais serviços quer ter perto de sua casa ou o quanto quer que ele seja isolado da cidade e integrado á matas e áreas mais rurais.

Visto isso, anote aí: 

Documentação em dia:

- Para que não corra o risco de se apaixonar por um terreno e não poder chamá-lo de seu, verifique se ele se encontra num loteamento aprovado, se está em dia com o licenciamento ambiental e se não há questões judiciais pendentes.

Foto: Cimento Itambé

- Verifique se o terreno que está interessado realmente existe. Para saber isso procure o Cartório de Registro de Imóveis, veja também se suas dimensões são as mesmas apresentadas pelo corretor. Um item importante, se o terreno já teve vários proprietários em pouco tempo, atenção, ele pode ter algum problema.

- Verifique se os vizinhos ao terreno não invadiram suas divisas. Levar uma trena para visitar o loteamento é uma ótima ideia. Lembre-se de levar uma com mais de 10 metros de comprimento para medir com mais precisão.

- Não assine contrato de compra com as certidões negativas em aberto, com registro de imóveis desatualizados, ou com proprietários envolvidos em ações judiciais que possam comprometer o futuro do lote.

Características do terreno: 

- Não adquira terrenos em topo de morros, eles podem ser protegidos por legislação ambiental e isso inviabilizar a construção da sua casa. 

Foto: Revista Kaza
Casa Mata Atlántica - RJ
Carlos Motta

- Terrenos em que há nascentes, córrego ou lago podem ter legislação específica de uso, se informe o que é permitido e o que é restritivo para a ocupação do terreno.

- Terrenos com grandes desníveis e com muitas pedras na superfície podem aumentar e muito os custos com as fundações, pois elas precisarão ser mais profundas. Se estão sujeitos á alagamentos também exigirão uma fundação especial.

- Para ter certeza absoluta dessas informações é necessário fazer uma sondagem, que é um serviço que verifica qual a profundidade segura para a fundação se ancorar. Mas antes de comprar o terreno você pode perguntar aos vizinhos qual o tipo de fundação eles usaram, para já ter ideia dos custos. 

Vizinhança:

- Verifique se na redondeza do terreno há muitas ocupações irregulares, isso futuramente pode vir a desvalorizar o seu investimento. 

Foto: Matéria Incognita
Casa em terreno estreito - Osaka - Japão
Arquitetura: Kenji Ido

- Se a facilidade de acesso e a infraestrutura de transporte, lazer, serviços próximas ao terreno é importante para você, verifique quais serviços existem e quais deles pode abrir mão. Vale lembrar que transporte público pode ser importante caso empregue babás, jardineiros ou empregados domésticos que não tenham carro.

- Se você sonha com um lugar mais tranquilo e silencioso, evite terrenos próximos á ruas e avenidas muito movimentadas ou que pela largura já demonstram que poderão acomodar serviços de maior impacto como casas noturnas, supermercados e hospitais.

Foto: Zagra

- Prefere um terreno mais longe da área urbana? Então, certifique-se que a concessionária de luz, de abastecimento de água e as redes de esgoto, de gás e serviço de redes móveis chegam ao seu terreno.

Consultoria de Arquitetura

- Para fazer uma compra com mais segurança ainda contratar um arquiteto pode ser fundamental, pois por conhecer a Lei de Uso e Ocupação do município conseguirá visualizar com mais clareza as diretrizes legislativas exigidas para o seu terreno.

Foto: Sabará

- Verifique com o arquiteto se a forma irregular do terreno não impede o programa do seu projeto.

- Defina com junto a ele se vai economizar na compra ou economizar na obra, peça a ele ajuda para verificar o quanto o terreno disponível facilita ou dificulta a construção da casa que você deseja. 

Quer saber mais sobre consultoria de arquitetura ou como funciona o trabalho do arquiteto? 

Essas postagens podem ajudar: 

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Acredite: Arquiteto é fundamental!

Dica da arquiteta | 23.2.16 | | | | | Seja o 1º a comentar!!
O escritório de São Paulo Terra e Tuma Arquitetos foi um dos vencedores do prêmio Archdaily Building of the Year 2016, um prêmio de arquitetura baseado na votação do público, selecionando os edifícios que se destacaram perante os mais de 3.000 projetos apresentados no site Archdaily durante o ano de 2015.

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5 documentários sobre arquitetos brasileiros

Elyzia Rodrigues | 17.11.15 | | | | | Seja o 1º a comentar!!
Foto: Vilanova Artigas
Prédio Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USP

O Canal Brasil reúne, em os dias 04/11 e 07/12, cinco nomes fundamentais da arquitetura brasileira, em documentários de distintos cineastas, que remontam as trajetórias de vida e trabalho de Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Affonso Eduardo Reidy, irmãos Roberto – Marcelo, Milton e Maurício – e, em destaque, a película inédita sobre a obra de Vilanova Artigas.

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Uma escola sem muros e sem paredes

Elyzia Rodrigues | 13.10.15 | | | | 3 Comentários

Em homenagem ao Dia da Criança comemorado ontem, postei esse vídeo com uma palestra do arquiteto japonês Takaharu Tezuka sobre o projeto de  uma escola infantil desenvolvido por seu escritório. 

Foto: Chuknum
Escola Montessoriana Fuji Kindergarten - Tokyo - Japão
Arquitetura: Tesuka Architects - 2007


Através da orientação do diretor ele criou uma escola totalmente aberta em que as crianças correm em círculo sobre o telhado, brincam em redes, sobem em árvores e ainda conseguem ficar concentradas em sala de aula mesmo sem paredes separando-as.

Foto: Education Facilities

Takaharu Tezuka e sua esposa Yui compõem o escritório Tezuka Architects sediado em Tóquio no Japão. Juntos, eles construíram entre outros projetos escolas, hospitais, templos, museu e escritórios.



Foto: Takahuru Tezuka
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